segunda-feira, 13 de junho de 2011

Integrantes da ONG Educafro protestam na SPFW


Se moda é muito mais que roupa, a São Paulo Fashion Week (SPFW) é muito mais que moda e desfile. Bastou Oskar Metsahvat, diretor criativo da Osklen, que desfila na quarta-feira, comentar que estava tendo dificuldade para compor um casting totalmente negro (até agora, somente 10 modelos foram recrutados) que ONGs e movimentos em prol da igualdade racial se manifestassem também.
E a manifestação foi literal. Ainda que pequena, já que os manifestantes se resumiam a pouco mais de uma dezena, a reclamação, na tarde de hoje, foi barulhenta e contundente. Ao som de palavras de ordem evocando maior presença de modelos negros nas passarelas do SPFW, os manifestantes, que integram a ONG Educafro (www.educafro.org.br), agitavam bandeiras com cores da Jamaica e distribuíam panfletos.
A discussão é antiga, já que há algumas edições foi estabelecida a cota de ao menos 10% de modelos negros em todos os desfiles da SPFW, mas a questão permanece atual.
A Osklen não sabe ainda se vai conseguir reunir seu casting para o desfile que é, exatamente, inspirado na influência da cultura negra na moda brasileira (folclorismos à parte, a coleção promete trazer uma leitura nova e ousada).
A Educafro diz que o objetivo do protesto é propor mudanças na forma de participação de modelos negros e negras na SPFW, fazendo com que estilistas aumentem de 10% para 20% a participação deles nos desfiles do evento. Diz ainda que é inaceitável a atual padronização europeia nos desfiles de moda no Brasil.

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